Como desapareceram as Sete Maravilhas do Mundo Antigo

Por Ana Maria de Jesus

Você é dessas pessoas que, assim como eu, ama o turismo cultural? Ainda que, em alguns casos, não seja possível conhecê-los pessoalmente, mas apenas por fotografia? Se a sua resposta foi sim, então se prepare para saber um pouco mais sobre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

A lista das Sete Maravilhas do Mundo Antigo foi criada para destacar as maiores belezas criadas por mãos humanas. A lista nasceu de um poema de autoria do grego Antípatro de Sídon. Para entrar nesta relação tão seleta criadas pelos gregos, as obras tinham que se destacar por sua beleza, grandeza e suntuosidade. Qualidades presentes em todas elas.

Das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, a única existente até os dias de hoje é a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, que tem cerca de cinco mil anos. Os outros seis monumentos desapareceram por consequências de terremotos ou guerras.

Grande Pirâmide de Gizé

A pirâmide foi construída pelos egípcios e é a mais velha das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, com cerca de cinco mil anos. O monumento é a única que existe até os dias de hoje e foi túmulo do Faraó Queóps. A construção revela um grande conhecimento do povo egípcio de geografia, astronomia e matemática.

Jardins Suspensos da Babilônia

Os Jardins Suspensos da Babilônia foi construído na Mesopotâmia, hoje Iraque, às margens do Rio Eufrates, por volta dos anos 600 a.C.. É o monumento que menos se tem informações. A sua construção foi criada pelo rei Nabucodonosor II para presentear a rainha Amytis. Acreditam-se que os jardins eram de uma estrutura arquitetônica de terraços que tinha uma variedade de fauna e flora. Presume-se que eram seis montanhas artificiais feitas de tijolos de barro cozido.

Não há registros de sua existência em pesquisas arqueológicas.

Estátua de Zeus

A Estátua de Zeus, estava no templo de Olímpia, na Grécia, tinha entre 10 e 15 metros de altura e foi construída em ouro e marfim. Feita pelo escultor Phídias, o monumento tem Zeus sentado em seu trono, indicando sua superioridade sobre os demais deuses do panteão grego. Na mão direita Zeus levava a estatueta da Nike, a deusa da Vitória. Na esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma águia.

A estátua foi levada para Constantinopla e lá destruída em um incêndio, por volta de 470 d.C.. Zeus era o senhor do Olimpo, a morada das divindades.

Templo de Ártemis

O Templo de Ártemis (hoje, Turquia) foi construído, reconstruído e aumentado algumas vezes durante os séculos. Tinha 127 colunas de mármore, cada uma com 20 metros de altura. Também foi o maior já construído no mundo antigo.

O templo passou por duas grandes destruições. Duzentos anos após a sua construção, um grego chamado Heróstrato, incendiou o templo, em 356 a.C.. O monumento foi reconstruído por Alexandre, o Grande. No século III d.C., veio a grande queda, quando os godos invadiram as províncias romanas na Ásia Menor e arrasaram o templo em 262.

Atualmente existe apenas um pilar da construção original em meio às ruínas, que resistiu a terremotos. Também há esculturas expostas no Museu Britânico, em Londres.

Mausoléu de Halicarnasso

O Mausoléu de Halicarnasso foi construído por volta de 350 a.C., a pedido da rainha Artemísia, para abrigar os restos mortais do seu irmão e marido, o rei Mausolo.

O monumento era sustentado por 36 colunas e tinha quase 50 metros de altura. Acima da base quadrada erguia-se uma pirâmide de 24 degraus que tinha no topo uma carruagem de mármore puxada por quatro cavalos. Os fragmentos desse monumento estão no Museu Britânico, em Londres, e em Brodum, na Turquia. No Museu Britânico também está uma estátua de 4,5 metros, provavelmente de Mausolo.

O local foi destruído por volta do século XV por constantes terremotos.

Colosso de Rhodes

O Colosso de Rhodes era uma estátua de 33 metros, feita de bronze, por volta de 300 a.C., na Grécia. A construção foi para homenagear Hélios (deus do sol), por ter auxiliado na vitória sobre o exército de Demétrio Pollorcetes.

A altura era tão impressionante que qualquer barco que entrasse na ilha passaria entre as suas pernas, que tinha um pé em cada margem do canal. Em sua mão direita tinha um farol que guiava as embarcações à noite.

A estátua permaneceu de pé durante 50 anos, quando foi destruída por um terremoto que derrubou o monumento no fundo do mar, em 226 a.C..

Farol de Alexandria

Feito de mármore e argamassa, o Farol de Alexandria foi construído pelo grego Sóstrato de Cnido, em 250 a.C.. O objetivo era orientar os marinheiros em suas viagens noturnas.

A torre ficava na ilha de Faros, próximo ao porto de Alexandria, no Egito. O monumento tinha três etapas: o primeiro, um quadrado; o segundo, octogonal; e o terceiro, cilíndrico, tinham um mecanismo que permitia a passagem do sol e a direção dos ventos. Por uma rampa em espiral era possível chegar ao topo onde, à noite, tinha uma chama que, através de espelhos, ilumina até 50 km de distância, o que ajudava a guiar os navegantes.

Sua estrutura foi seriamente danificada por três terremotos, entre os anos de 956 e 1323, até que não resistiu e virou em ruínas. O local em que estava foi submerso pelo mar, juntamente com o que restou de Alexandria.