A Rua da Carioca está finalmente voltando a fermentar — e não é só no sentido figurado, não. No número 55 da via, o cheiro de malte e lúpulo já está circulando no ar. É ali que a Vírus Bier, primeira marca a apostar no projeto da “Rua da Cerveja” — criado pela prefeitura para reativação comercial da via —, acaba de iniciar sua produção, tornando-se a primeira a realmente produzir a bebida no endereço.
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A estreia aconteceu neste feriado de 1º de maio, exatamente um ano após o início das obras no imóvel. A primeira receita escolhida foi uma APA (American Pale Ale), em um lote experimental de 250 litros. O rótulo ainda é mantido em segredo e só será revelado ao público no próximo dia 22. A capacidade da cervejaria, no entanto, vai muito além: até três mil litros podem ser produzidos mensalmente, com direito a diferentes estilos e sabores.
Além da Vírus, outras duas cervejarias — a Martelo Pagão e a Piedade Cervejaria — já abriram as portas na rua. Juntas, fazem parte de um esforço maior para devolver vida a um dos trechos mais simbólicos do centro da cidade, que já foi referência em comércio, cultura e boemia. Estabelecimentos lendários como o Bar Luiz e o Cine Íris marcaram época por ali, até que a crise econômica e a pandemia esvaziassem vitrines e calçadas.
No total, 12 imóveis foram selecionados para integrar o projeto de revitalização, e nove marcas já confirmaram presença em 10 dos 36 espaços que estavam desativados. A estimativa é que, em quatro anos, a chamada Rua da Cerveja gere R$ 222 milhões em movimentação econômica, crie 500 novos empregos e injete R$ 41,8 milhões em salários. Para isso, os empresários receberam subsídios financeiros e terão apoio contínuo por até quatro anos.