Feiras livres do Rio ficam sem banheiros químicos após Prefeitura interromper serviço sem aviso

A Prefeitura do Rio descontinuou o serviço de colocação de banheiros químicos destinados aos trabalhadores das feiras livres da cidade. As 348 cabines, que desde agosto de 2024 eram instaladas no início e retiradas ao fim de cada feira, deixaram de ser vistas nas ruas há, pelo menos, seis meses.

O serviço, que vinha sendo prestado pela Secretaria de Ordem Pública (Seop), atendia a uma demanda antiga de feirantes e também de moradores, que reclamavam da falta de infraestrutura básica nos dias de feira. Ao todo, são cerca de 70 mil trabalhadores nas feiras livres e feiras de arte espalhadas pelos 165 bairros do município. Elas existem há 120 anos, desde 1904, movimentando semanalmente, uma cadeia produtiva que envolve agricultores, comerciantes, artistas e milhares de trabalhadores autônomos.

A Seop, responsável pela logística e manutenção das cabines, não informou quando — ou se — o serviço será retomado, mas declarou que o contrato foi encerrado em janeiro. O encerramento aconteceu de maneira discreta, e desde então, feirantes e frequentadores estão novamente expostos à falta de banheiros públicos durante os dias de funcionamento das feiras.

Propostas tramitam no Legislativo

Projetos de lei em tramitação na Câmara Municipal do Rio e na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) buscam tornar obrigatória a instalação de banheiros químicos nas feiras livres e feiras de arte. As propostas, de autoria do Deputado Estadual Marcelo Dino, do Vereador Dr. Rogério Amorim e do Vereador Pablo Mello, pretendem garantir condições mínimas de trabalho e higiene nesses espaços públicos.

Ainda em fase de tramitação, os projetos aguardam votação. Caso sejam aprovados e sancionados, a legislação obrigará o poder público a oferecer essa infraestrutura básica nas feiras.

As informações são do Diário do Rio.

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