Fim do controle cambial Argentina: o que isso signifca?

O presidente argentino Javier Milei anunciou na última sexta-feira (11) o fim do controle cambial, conhecido como “cepo“, em vigor desde 2019. A medida marca a terceira fase do plano econômico do governo, que inclui ajuste fiscal e controle da emissão monetária. “Eliminamos o cepo para sempre”, declarou Milei em pronunciamento nacional.​

O anúncio ocorreu após a formalização de um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), dos quais US$ 12 bilhões serão liberados imediatamente. Além disso, a Argentina receberá US$ 12 bilhões do Banco Mundial e US$ 10 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento, totalizando US$ 32 bilhões em apoio financeiro internacional. ​

Milei também agradeceu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e à sua diretora-gerente, Kristalina Georgieva, pelo apoio a um novo programa que, segundo ele, “não é para arrumar o caos, mas para respaldar um plano que já deu resultados”

Com o fim do “cepo”, o peso argentino passará a flutuar dentro de uma banda cambial entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar, com expansão mensal de 1%. Restrições ao acesso a divisas para pessoas físicas foram eliminadas, enquanto empresas poderão repatriar lucros a partir de 2025. ​

Economistas veem as reformas como passos importantes para estabilizar a economia, restaurar a competitividade das exportações e atrair investimentos. No entanto, alertam para possíveis riscos de volatilidade no curto prazo. ​

Milei afirmou que, com o fortalecimento das reservas internacionais, a Argentina está menos vulnerável a choques externos e pronta para uma fase de crescimento sustentado. ​

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